domingo, 19 de dezembro de 2010

Dor de Alma - O Aborto


Há algum tempo, o povo português viu-se confrontado com a decisão de despenalização do Aborto.
Esta nova lei foi aprovada, embora tenham sido muitos os que votaram inconscientemente e sem terem informação suficiente sobre o tema para o fazerem.
Tantos foram os que, ao votarem, esqueceram um dos principais, fundamentais e imprescindíveis Direito Humano: O Direito à Vida. Se foi estabelecido que todos os seres vivos têm direito à vida, porque razão fica isento aquele que mata estes seres que têm tanto de inocentes como quanto de cruel e horrendo tem este crime?
Além disso, dá-me que pensar o facto de maior parte da população portuguesa pertencer à Religião Cristã e tantos desses que se dizem cristãos terem ignorado, tapado os olhos, esquecido e quebrado um dos Mandamentos da Lei de Deus: “Não matarás!”.
No entanto, não é apenas nos Mandamentos que nos dizem que não se pode matar. Para aqueles que não lhes chega este, devem relembrar que, por lei, matar é crime, independentemente da idade, do sexo, do estatuto social, da cor de pele… Matar é crime, sempre! Basta o ser em questão estar vivo, respirar, possuir uma vida.
Há ainda, não esquecer, a consciência; porque, se mesmo assim ainda isto não basta, pergunto: É moral matar? É moral, principalmente, matar um ser inocente, sem meios de defesa, a que lhe querem retirar algo que é apenas e tão só seu (vida)?
No início deste texto, referi que na altura das votações para a aprovação desta lei, muitos foram aqueles que votaram “sim” com falta de informação para o fazerem. Nessa altura, muitos disseram que o fizeram pois em caso de violação ou deficiência do feto, a mãe devia ter opção de escolha. Tantos e tantos deram esta justificação pelo seu voto! Ao ouvir estes argumentos, senti a ira tomar conta de mim: em caso de violação ou deficiência do ser, já era legal (anteriormente a este referendo), abortar.
Houve outra minoria que argumentou, dizendo: “há elevado perigo de contágio de doenças ao ser praticado o aborto clandestino”. Mais uma vez, sinto a ira tomar-me por completo e penso que este Mundo deveria ser preenchido com pessoas mais responsáveis e interessadas pelos assuntos sociais, que evitassem argumentos ridículos e infundamentados. Quem realmente se sujeitar a esse tipo de aborto (clandestino) sabe que há probabilidades de ficar infectado, assim como sabem que se não usarem métodos contraceptivos poderão vir a gerar um novo ser ou, além disso, ficarem infectados com qualquer uma DST (doença sexualmente transmissível).
De facto, preocupa-me tudo isto mas, para além deles, um em particular; receio por todos aqueles que lhes falta um pouco mais de consciência; temo por aqueles que não são possuidores de responsabilidade e não têm a capacidade de pensar num futuro melhor, a longo prazo, todos aqueles a que o momento presente basta e talvez vejam o aborto não como remédio, mas como um seguro e banalizem os métodos contraceptivos.
Receio, muito, que o aborto venha substituí-los.
“O homem é livre”, dizem muitos. Mas ao pensarmos na sociedade em que vivemos, verificamos que nos são impostas diversas regras e limites para que possamos viver com civismo e harmonia.
Concluindo, é preciso, como já anteriormente referido, capacidade de responsabilidade, consciência, sensibilidade, humanidade, integridade e moralidade para o procurar soluções mais lógicas e menos radicais para este tipo de problemas.
Estamos a falar de vidas! Vidas que é preciso preservar e cuidar! Porque vidas, são sempre importantes, únicas e exclusivas vidas!

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