domingo, 27 de dezembro de 2009

O Tal, O Natal .

Foi Natal.

O pessoal todo entusiasmado, afogado em compras, mergulhado na multidão de stress, no prazer imediato de comprar, comprar e comprar...

As cidades tornam-se num corropio, parece que é hora de ponta a toda a hora do dia, parecem formar um manto enorme que cobre a Terra. Páro no meio de tantos, fico imóvel no tempo, mas eles continuam a correr, berrando, gritando na ausência de paciência e comprensão. "Olhe a menina!", alerta uma senhora dos seus 70 anos, apontando uma garota de 5 anos, talvez, com o cuiddo de afastar a criança do homem barrigudo que, acidentalmente, lhe havia dado um encontrão, e quase a esmagara contra a parede no meio da rua. "Desculpe, desculpe.", balbuciou o homem.

Continuo imóvel, tentando abstrair-me dos sons estridentes e penetrantes a cidade. penso o que me havia dito a minha mãe, antes de sair de casa: "Filha, vais sair com a guerra lá fora?". Ri-me e ela sorriu; mas agora que penso nisso vejo que tem a sua lógica. sinto-me num terrorismo emocional, sinto a raiva apoderar-se de mim, do corpo e alma, observo as cores da cidade, o cinzentos e negros, nada de interessante.
As pessoas tornaram-se animais e, agora, vivo na selva :c .

Nenhum comentário:

Postar um comentário